Priscilla
Cavalcanti,
a senhora
das armas.

Minha
trajetória

Nasci em 16 de julho de 1986. E apesar de ter sido educada em Colégio Evangélico, minha avó materna tinha a tradição de me levar na igreja de Nossa Senhora do Carmo todo ano no meu aniversário porque nasci no mesmo dia da Santa.

Fui uma criança danada, adorava participar de tudo na escola, jogos, teatro, dança, fiz natação e adorava jogar handebol com os meninos. Por livre e espontânea escolha de mainha, aos 17 anos fiz a prova de vestibular e fui fazer Direito. Na época, uma grande amiga conseguiu um estágio para mim na Procuradoria aqui de Recife.

Foi depois disso que eu passei a viver a loja onde faço meu trabalho até hoje. E como que eu fui parar na loja? Por conta do meu falecido Pai. Comissário de Polícia na Polícia Civil de Pernambuco, ele me envolveu nesse mundo desde que eu era muito nova mesmo. Quando eu tinha apenas dois anos, ele me levou pra Petrolina que era a delegacia onde ele estava trabalhando na época, oi?? Até hoje quando a turma de Petrolina chega na loja, fica me lembrando as histórias. Para os curiosos, mainha foi me buscar!

Painho sempre inseriu eu e minha irmã nesse meio, seja por querer ou por necessidade. Hoje a loja é bem próxima à academia de Polícia, e lá é um ambiente extremamente comum pra mim porque todos os dias que eu largava da escola eu ia pra lá. Painho passou um tempo no Laboratório Criminalístico, tirava fotos e revelava em casa. Passava no slide, e a gente lá junto. Estranho para alguns mas extremamente normal pra gente, tá? E assim foram com as armas também, existiam armas e elas foram apresentadas pra gente bem cedo, criança é curiosa.

Painho, por ser comissário de Polícia, tinha as dificuldades que a Polícia tem, principalmente em treinamento, e achou por bem criar uma associação com intuito de treinar melhor os policiais. A turma confiou nele, se associou, e foi-se montando a coisa. Começou com uma pasta e com a confiança até tomar forma e ter uma sede. Ele conseguiu sair de Pernambuco pra treinar, treinar e treinar mais. Fez curso para instrutor e depois disso montou o próprio curso onde montava a turma dos associados e treinava os policiais. Iniciou só com polícias civis mas depois abrangeu mais e mais.

A carência do policial era maior, na verdade além do treino, começaram a pedir apoio em relação aos equipamentos no geral, armas, munições, calças, coturnos. E painho correu atrás, conseguiu fornecedor e fazia a compra pela associação para repassar ao policial, mas a legislação não permitiu que ele fizesse assim. Foi então que nasceu a loja, com CNPJ de loja, não de associação.

Mas e eu?…

Estava nos jogos internos da escola, vestida com camisa de patrocínios e estilo de polícia junto com minha turma toda e com nome da associação, tudo arrumado por painho. Tudo que ele fazia a gente participava de alguma forma. Minha mãe ganhou vários cabelos brancos de tanto que ajudou a fazer tudo funcionar, a gente morria do coração quando ele saia pra treinar e passava um tempo sem dar notícias.

Uma vez ele foi pra escola de antiterror em Israel, quando ligou pra casa, a gente só ouvia helicóptero de fundo. Mas a melhor parte era a volta, porque ele precisava treinar o que ele tinha aprendido e eu era a cobaia, nunca foi tão bom ser cobaia. Ele achava pouco e me levava para os cursos, me botava pra ser sequestrada, me colocava no meios dos matos pra me acharem, me fazia fazer as provas antes dos caras todos, me colocava pra demonstração, só que eu acho que ele não esperava que eu ia gostar tanto.

Eu ainda estava na faculdade quando as coisas foram acontecendo. Painho começou a querer o espaço dele pra fazer os cursos dele, porque na verdade o que ele era focado, era nos treinos, nos cursos, na preparação do policial para estar na rua. Ele largou a sede para correr atrás do seu espaço, e eu entrei lá pra dar conta do negócio, sem nunca ter administrado nada. Eu podia até ser nova, mas já tinha algo que era fundamental, a pólvora na veia.

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